sexta-feira, 25 de julho de 2008

Batman, O Cavaleiro das Trevas

Batman, O Cavaleiro das Trevas




Batman, o Cavaleiro das Trevas Certamente este foi um dos filmes mais tensos e nervosos que já vi. O nível de pressão psicológica que a trama exerce sobre o espectador é altíssimo, e que lembra muito a sensação que tive ao vê o filme “Vôo 93”.

Um ótimo filme, mas não recomendado para quem tem estômago fraco ou que é sensível de mais. Confiar nos personagens deste filme é um grande erro. Cheio de surpresas, os atos de traição da estória são sentidos como verdadeiros por que assiste ao longa.

Batman
Christian Bale mais uma vez mostra o porque foi escolhido e manteve seu papel como o homem morcego. Frio, inteligente e calculista, Bale consegue nos convencer que o magnata Bruce Wayne pode mesmo usar geringonças e ter tanta coragem para enfrentar uma Gothan City dominada pelo medo do crime organizado.

A humanização do Batman, que em sua essência é homem de carne e osso sem nenhum super poder, é ainda mais visível aqui. Isso fica claro nas feridas, pancadas e até desmaios que o Cavaleiro das Trevas sofre nesse novo filme.

Dizem que a morte de Heath Ledger deixou Bale tão abalado que ele anda com os relacionamentos familiares por um fio. Mas só pela carga que carregou como Batman nesse novo filme, a vida dele nunca mais seria normal.

Harvey Dent
Aron Eckhart como Harvey Denty e, posteriormente o vilão “Duas Caras”, Também se mostra muito seguro em seu papel. Em certo ponto, até nós mesmos, assim como Bruce Wayne, nos deixamos acreditar que ele é o herói da estória e não o Batman. A frase “Eu acredito em Harvey Dent” se consolida em nossas mentes. Cara de bonzinho, jeito de bonzinho e atitudes de herói. A pesar de já saber desde o início que ele se transformaria num “cara do mau”, começamos a torcer contra isso.

Certamente, se Gothan City, fosse administrada por Harvey Dent a criminalidade recuaria – e eu queria um Harvey Dent aqui pra Recife também que andar pelas ruas da Veneza brasileira ta bronca. O crime sucumbiria ao seu desejo de fazer o bem se não fosse por uma pessoa. O Coringa.
O palhaço do mau conseguiu dentro de poucos minutos do filme, fazer com que Dent desistisse de tudo o que construiu para buscar vingança. Louco, Harvey se transforma no Duas Caras e acaba sendo um fardo a mais a ser combatido pelo Batman.

No final, o que me desagradou no personagem foi a falta de uma conclusão mais nítida. Certamente só vou entender o que aconteceu com o Duas Caras se o diretor Christopher Nolan der alguma entrevista, divulgar alguma cena eliminada e iluminada no DVD ou dar uma continuidade no próximo filme do morcegão.

O Coringa
Desde o início do longa, o finado ator Heath Ledger começa a dar as cartas de quem será o destaque do filme. O Coringa apresentado em The Dark Kinigth passa anos luz longe daquele interpretado por Jack Nicolson no Batman de Tim Burton em 1995. Ledger conseguiu transmitir para a tela toda a maldade escondida atrás da maquiagem. Até os tics nevorsos nos lábios de alguém com um nível de loucura bem avançado foi apresentado com precisão pelo ex-caubói veado. Ele passa com perfeição ao caráter cruel e sarcástico que o personagem tem nos quadrinhos. A má índole de alguém inteligente, mas que perde seus alvos no meio do caminho. Em certo ponto do filme o Coringa só quer se divertir matando as pessoas e se esquece que o Cavaleiro das Trevas está à sua procura.

A pesar disso, ao acabar a seção fica a incerteza sobre a continuidade da história. Com Hearth Ledger morto, o coringa perfeito se torna uma interrogação. Tento mas não consigo lembrar de nenhum ator que possa substituílo nesse papel. Mas ao mesmo tempo, sei que o personagem não pode ser simplesmente abandonado em um prvável terceiro filme.

Ledger foi o melhor ator do filme, sem contestação alguma. Cotadíssimo para ganhar o Oscar de melhor ator. Não sei o que a Academia vai fazer, mas que merece, merece.

Sua morte, se foi suicídio, está explicada pelo papel do Coringa. Para interpretar perfeitamente daquele jeito, ele teve de se transformar de verdade no palhaço maligno. Se fosse eu em seu lugar, certamente enlouqueceria.

Rachel Dodson
Como grande ponto negativo do filme, Maggie Gyllenhaal é mais uma que vem para decepcionar no papel de Rachel Dodson. Sem desenvoltura e emoção à personagem, Maggie continua mostrando a personagem de forma pesada como foi visto em Batman Begins pela atriz Katie Holmes.

Finalizando, o filme é uma obra prima do cinema contemporâneo. Merece quebrar os recordes de bilheterias em tempos de pirataria, como está acontecendo. A pesar de você sentir sua mente esmagada por um caminhão depois de assisti-lo, a sensação de ter visto um dos melhores filmes de Heróis de todos os tempos é muito gratificante.

Valeu de mais os R$ 6,50 que gastei para ver Batman, O Cavaleiro das Trevas na telona.

Israel Leal

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