Mas, hoje pela manhã, não fosse o clima absurdamente quente na capital pernambucana, pensaria que estivera sido transportado para New York. Isso porque Recife agora também é cenário para muitos filmes. Com o crescimento no número de cursos relacionados ao cinema por aqui, a produção não pára de crescer.
Já tinha conhecimento de outras duas paralisações em vias importantes no centro da cidade nas últimas semanas por conta de gravações. Desta vez eu me vi no meio de um set de filmagens com monstro e tudo. Ta certo que não era um Godzilla, um alien gigante ou um dinossauro, mas tinha uma criatura bizarra que ganhará vida em um longa ou curta-metragem. Era um monstro com a cara de Recife.
O trânsito caótico da avenida Agamenon Magalhães ficou ainda mais lento por conta da curiosidade dos motoristas que estavam diminuindo a velocidade para acompanhar aquela cena ainda incomum no município. O monstro, um homem-touro com a fantasia preta de camurça e veludo estava se posicionando para gravar um ataque a uma jovem moça. Dava para perceber a agitação e o trabalho da equipe técnica, que manuseava os equipamentos ainda de forma tímida.
Não sei no que vai dar, mas espero que este filme rodado aqui na irmã gêmea de Nova Iorque, possa ganhar prêmios e mais prêmios por aí. Afinal, é para que a irmã pobre do município famoso possa surgir para o mundo. Não me incomodo se isso vai virar moda e se o transito do Recife vai entrar em colapso. O tempo que perco esperando, posso recuperar depois e, quem sabe ainda sobra para assistir esta grande produção cinematográfica cujo nome eu nem sei... O que importa mesmo são os dinossauros que podem voltar à vida, os monstros marinhos que podem surgir ou ainda os alienígenas que podem dominar a capital pernambucana, pois foi isso que fez de New York a capital do mundo.
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