quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Solução para a pirataria

Tecnologia brasileira de Cds promete vencer a pirataria

Microservice - maior fabricante de CDs, DVDs e games na América Latina- assina esta quarta-feira um contrato de exclusividade por 20 anos com o cantor sertanejo Ralf pelo uso da patente do SMD (Semi Metalic Disc). Essa tecnologia, segundo a empresa, permite colocar nas lojas produtos a preços de camelô: um CD sairá por R$ 5, um DVD, por R$ 8, e os games, entre R$ 12 e R$ 15. "Os preços serão impressos nos produtos", afirma Isaac Hemsi, diretor-geral da Microservice.
Há duas explicações para a diferença de até 80% entre o preço de CDs, DVDs e games convencionais e os gravados em SMD. Os discos comuns têm ligas metálicas reduzidas pela metade na versão SMD. "Só aí já vai uma queda de 30% no custo", afirma o cantor Ralf, que obteve a patente com a ajuda de especialistas e o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2003. A redução do preço aumenta porque, pelo contrato, artistas e desenvolvedores de software abrem mão das margens de lucro por disco para recuperá-las com o volume de vendas. "A idéia é retomar o que se perdeu com a pirataria", diz Hemsi.
A reportagem apurou que a Nintendo - uma das maiores fabricantes de games do mundo - está prestes a fechar um contrato para lançar seus cinco jogos de maior sucesso em SMD. O preço seria equivalente a R$ 15. Nos camelôs, eles são vendidos por até R$ 18, e, nas lojas, o consumidor chega a desembolsar até sete vezes essa cifra.
Potencial de ganho
O cantor e compositor sertanejo Ralf entrou no negócio depois de amargar perdas para os piratas na venda de seus discos, em parceria com Christian. "Não era justo só viver de show e deixar os informais faturarem em cima dos nossos discos", afirma Ralf. Então, ele procurou ajuda de amigos especialistas em informática e começou a desenvolver o SMD.
O projeto ficou pronto em 2003, quando Ralf conseguiu um contato no Ministério da Ciência e Tecnologia. "O governo viu ali uma chance de combater a pirataria", diz. Com o apoio público, ele obteve a patente mundial. Ele afirma ter pago R$ 3 milhões pelos registros em mais de uma dezena de países. As pretensões da Microservice e do cantor Ralf são grandes. Como a patente do SMD é mundial, qualquer cliente interessado, no Brasil ou no exterior, terá de recorrer aos serviços da Microservice e de Ralf.
Cálculos da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos) indicam que as vendas ilegais correspondam à metade do mercado fonográfico no Brasil. No mundo, as perdas anuais com a pirataria giram em torno de US$ 5 bilhões.
Fonte: Uai.com.br

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