Sarney tenta se defender como pode

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB), só por que já comandou o país e já assumiu outros diversos cargos, se indignou quando foi levantado o assunto de nepotismo ligado a ele nessas investigações de “atos secretos” na casa dos senadores. Aos berros ele disse que não admitiria acusações e desconfianças a seu respeito por tudo o que ele fez para o Brasil.

O senador em questão ainda começou a fantasiar a respeito dos responsáveis por essa crise. Só não culpou os et’s, mas grupos econômicos, a mídia e corporações pagaram o pato desta vez.

Tenho certeza que muitos, como eu, tem o maior respeito pelo Sarney. Mas isso não o torna um deus. Ele continua sendo humano e apto a falhas como todos nós. Ele tem que ser investigado sim e sem reclamar. Assim como o PT não quer que a CPI da Petrobrás vá adiante porque tem muita coisa embaixo desse tapete que vai sujar muita gente, Sarney parece temer, e muito essas investigações.

Ao menos, nessa confusão toda envolvendo tais “atos secretos” (que certamente não estão só no senado), uma pessoa foi sensata. O senador pernambucano Sérgio Guerra (PSDB) disse que “o problema é que tem gente de mais para fazer trabalho de menos”. Aleluia! Um se salvou!
É isso mesmo, Brasília está mal-cheirosa por conta de tanto urubu engravatado passeando para lá e para cá. Como o Sérgio Guerra falou, apenas uma reforma total vai trazer novamente a paz para a cena política brasileira.