Tá na hora de acordar o Gigante Tricolor!!!

A vitória do Santa Cruz na noite desta quinta-feira (16), contra o Confiança de Sergipe, foi ofuscada pelo trauma de um grande clube que vive um inferno há 5 anos. O futebol fraco dos desconhecidos tricolores (já que quase não sobraram jogadores profissionais na equipe) foi o suficiente para fazer 2 a 0 na partida válida pela Copa do Nordeste. O que mais irritou os cerca de 350 torcedores presentes foi que essa bolinha murcha jogada ontem seria o suficiente para passar pelo Guarany de Sobral no último domingo pela Série D do Brasileirão.

Era deprimente ver o Mundão vazio, mal iluminado, com as placas de anúncio de patrocínio jogadas pelos cantos do gramado...

É muito difícil encontrar apenas um culpado para essa incapacidade que o Santa tem de se reerguer. Fernando Bezerra Coelho, que era a cabeça do Clube, aparentemente fez tudo certo: recuperou o prestígio do Arruda como um dos maiores Estádios do Brasil e deixou o futebol com um profissional. Esse profissional por sua vez, o Raimundo Queiroz, também fez o que tinha de fazer. Contratou bons jogadores e bons treinadores. O problema é que a equipe, mesmo bem montada e treinada, na verdade nunca correspondeu em campo.

Até a Federação Pernambucana de Futebol tentou levantar a cobra coral, que insiste em se fingir de morta. Carlos Alberto de Oliveira, nestes últimos 4 anos de agonia, só faltou entregar taças de Campeão Pernambucano nas mãos dos vários capitães tricolores que passaram pelo José do Rego Maciel.

Talvez o grande erro da diretoria foi ter recusado a ajuda de Rivaldo quando o pentacampeão se mostrou disposto a ajudar. O ex-camisa 10 da seleção tem um carinho especial pelo Santa Cruz e acho que isso não pode ser desprezado.

A nova diretoria do Santa, que deve ser eleita até novembro, deve começar justamente deste ponto: Recrutar os nomes de peso (entre desportistas, jornalistas e políticos) que querem o bem do Santa Cruz e formar uma força tarefa para acordar este gigante tricolor.

Não acredito que o Santa Cruz vai acabar, mas uma coisa é fato: o processo de transformação num clube pequeno começou. A história do Santa Cruz está se assemelhando com a do América de Recife que era uma grande equipe nas décadas de 20 e 30 e tornou-se um time sem expressão no cenário pernambucano.

Sei que o que os adversários mais querem agora é zoar. Mas, passado esse período de “tiração de onda” das outras torcidas, é hora de, todos juntos, arregaçarmos as mangas para tentar fazer despertar deste sono profundo a cobra coral.