A Agência CONDEPE/FIDEM , em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), divulgou os resultados do Estudo Especial da Pesquisa de Emprego e Desemprego que traça um perfil do negro no mercado de trabalho da Região Metropolitana do Recife. Os resultados mostram que a taxa de desemprego da população negra declinou de 23,9% para 20,9% e a da não-negra de 21,1% para 16,3%, entre 2004 e 2008, período analisado na pesquisa.
Em números absolutos, do contingente total de desempregados na RMR (335 mil), 260 mil eram negros e 75 mil não negros, em 2008. As reduções nas taxas de desemprego das populações negra e não-negra decorreram do fato do número de postos de trabalhos gerados (128 mil para negros e 52 mil para não negros) ter sido superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho da região (119 mil negros e 38 mil não-negros). A taxa de participação – indicador que expressa a proporção de pessoas com 10 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – das populações negra e não-negra praticamente se igualaram, em 2008, devido ao crescimento diferenciado nos dois segmentos: a taxa de participação dos negros cresceu 1,7%, passando de 52,2% para 53,1% e dos não-negros aumentou 3,1%, passando de 51,6% para 53,2%. A taxa de desemprego total dos negros é superior à dos não-negros e ambas diminuíram no período analisado. Esse decréscimo foi mais intenso entre os não-negros, ampliando diferença de suas respectivas taxas de 2.8 pontos percentuais para 4.6 pontos percentuais. As mulheres, sistematicamente, enfrentam maior dificuldade de inserção na esfera produtiva, fato evidenciado pela taxa de desemprego recorrentemente maior do que a masculina. As mulheres negras, por sua vez, detêm resultados ainda mais desfavoráveis, pois sua taxa de desemprego total era a mais elevada (24,7%, em 2008), enquanto a das não-negras correspondia a 18,4%
De acordo com a coordenadora da PED na RMR, Walkíria Navarro, um destaque importante da pesquisa é que entre 2004 e 2008 houve um crescimento da participação de negros em postos de direção, gerência e planejamento – grupo de ocupações mais prestigiadas – e redução dessa participação para os não-negros. “Apesar do desemprego entre a população negra ainda ser maior que entre a não-negra, esse aumento na ocupação de cargos de direção e chefia pelos negros demonstra uma mudança importante no emprego da nossa região e que pode ser uma resposta as políticas públicas que vem sendo desenvolvidas na área de gênero e raça”, conclui.
O Sistema PED divulga durante o ano, duas leituras especiais da base de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego: uma no mês de março (em função do Dia Internacional da Mulher – 08/03) sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho e outra no mês de novembro (em função do Dia da Consciência Negra – 20/11), sobre o negro no mercado de trabalho.
Em números absolutos, do contingente total de desempregados na RMR (335 mil), 260 mil eram negros e 75 mil não negros, em 2008. As reduções nas taxas de desemprego das populações negra e não-negra decorreram do fato do número de postos de trabalhos gerados (128 mil para negros e 52 mil para não negros) ter sido superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho da região (119 mil negros e 38 mil não-negros). A taxa de participação – indicador que expressa a proporção de pessoas com 10 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – das populações negra e não-negra praticamente se igualaram, em 2008, devido ao crescimento diferenciado nos dois segmentos: a taxa de participação dos negros cresceu 1,7%, passando de 52,2% para 53,1% e dos não-negros aumentou 3,1%, passando de 51,6% para 53,2%. A taxa de desemprego total dos negros é superior à dos não-negros e ambas diminuíram no período analisado. Esse decréscimo foi mais intenso entre os não-negros, ampliando diferença de suas respectivas taxas de 2.8 pontos percentuais para 4.6 pontos percentuais. As mulheres, sistematicamente, enfrentam maior dificuldade de inserção na esfera produtiva, fato evidenciado pela taxa de desemprego recorrentemente maior do que a masculina. As mulheres negras, por sua vez, detêm resultados ainda mais desfavoráveis, pois sua taxa de desemprego total era a mais elevada (24,7%, em 2008), enquanto a das não-negras correspondia a 18,4%
De acordo com a coordenadora da PED na RMR, Walkíria Navarro, um destaque importante da pesquisa é que entre 2004 e 2008 houve um crescimento da participação de negros em postos de direção, gerência e planejamento – grupo de ocupações mais prestigiadas – e redução dessa participação para os não-negros. “Apesar do desemprego entre a população negra ainda ser maior que entre a não-negra, esse aumento na ocupação de cargos de direção e chefia pelos negros demonstra uma mudança importante no emprego da nossa região e que pode ser uma resposta as políticas públicas que vem sendo desenvolvidas na área de gênero e raça”, conclui.
O Sistema PED divulga durante o ano, duas leituras especiais da base de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego: uma no mês de março (em função do Dia Internacional da Mulher – 08/03) sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho e outra no mês de novembro (em função do Dia da Consciência Negra – 20/11), sobre o negro no mercado de trabalho.
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